top of page

eu transporto porto(s) em mim 

PROJETO: O projeto reivindicou o direito à cidade para os jovens através das suas ARTES (DE)VIDAS que capturam os seus PORTOS. Utilizando diversos fragmentos artísticos, como paisagens sonoras, fotografias, pinturas e colagens, estimula-se a composição de retratos particulares por esses jovens, revelando diversas cidades – e suas facetas. A relevância do projeto reside na necessidade de dar aos jovens ferramentas para combater a marginalização das suas vivências na cidade hegemônica. Assenta metodologicamente na deriva do self que permitiu aos jovens identificar as suas cidades sem os constrangimentos da hegemonia. O mosaico de experiências artísticas baseou-se na potenciação dos portos de um conjunto de 6 CIDADÃOS-ARTISTAS-JOVENS -  que habitam as margens - representando diversas origens sociais, étnicas e culturais - mostrando as suas [RE]EXISTÊNCIAS artísticas sob orientação/facilitação de ARTISTAS-CIDADÃOS. A escolha do grupo de jovens implicou critérios de diversidade social, cultural, étnica-racial e residencial – sendo aqui determinante o papel dos parceiros do projeto no terreno na sua identificação. Com uma estratégia de co-mentoria criativa de um grupo de ARTISTAS-CIDADÃOS foram organizadas ecologias auto delimitadas, surgindo, daí AÇÕES, ACONTECIMENTOS, PALAVRAS, OBJETOS ARTÍSTICOS. Estas manifestações possibilitaram o empoderamento das potências sensíveis dos jovens, ao se entenderem como parte constitutiva – que conta – da paisagem urbana portuense. 

marca do projeto

marca do projeto

vídeo de lançamento do projeto

artistas mentores: Rafael Campos e Victor Torpedo

jovens artistas cidadãos 

ATIVIDADES INTERNAS: Ao longo do processo, promovemos ações de formação artístico-cultural, em locais diversos, entre eles a FBAUP, Projeto Sinergias, Museu de Serralves, A Soalheira, associação ambiental e cultural e Vila de Aves numa tangente fronteiriça. O apoio de mentores e artistas experientes, que acompanharam os jovens inclui workshop de movimento e corpo com Rafael Campos, na Casa Glicínias, sessões sonoras com Victor Torpedo nas sessões da FBAUP, mapeamentos sensíveis com Bia Petrus, Paula Guerra e Sofia Souza, leitura de obras na exposição de Francis Alys no Serralves, gravações sonoras feitas nos estúdios da Biblioteca da FLUP e o percurso urbano dentro do tema Fronteira proposto pelo jovem João Lopes. 

Destacamos a seguir as principais atividades internas do projeto:

Lançamento do projeto | novembro de 2024 | Local: redes sociais

Apresentação da equipa| novembro de 2024 | Local: redes sociais

Visita a exposição do artista Francis Alys | 01 de dezembro de 2024 | Local: Serralves | Visita da curadora Bia Petrus e dos jovens cidadãos artistas do projeto.

Workshop de partida - dia 1| 10 de janeiro de 2025 | Local: Casa das Glicínias| Encontros da curadora Bia Petrus, do artista mentor Rafael Campos e dos jovens cidadãos artistas.

Workshop de partida - dia 2| 11 de janeiro de 2025 | Local: FBAUP| Encontro da curadora Bia Petrus, do artista mentor Vítor Torpedo e dos jovens cidadãos artistas.

Cruzamentos | 03 de fevereiro de 2025  | Local: FBAUP | Partilha de processos de criação dos jovens cidadãos artistas com os artistas mentores e a curadora.

Percursos | 04 de maio de 2025 | Local: Vila das Aves | Percurso de observação de arte de rua feito pela curadora Bia Petrus e pelos jovens cidadãos artistas.

Grafitti | 09 de maio de 2025 | Local: Soalheira | Grafitti em cartão realizado pelos jovens cidadãos artistas com supervisão da curadora.

 

 

 

workshop de partida
cartografias
Visita a exposição de Francis Alys em Serralves
João Lopes em um dos encontros de criação
jovens cidadãos artistas reunidos para um dos percursos do projeto
Victor Torpedo no workshop de partida
divulgação workshop de partida
mapas sensíveis
encontros de criação
grafitti em cartão na Soalheira
grafitti em cartão na Soalheira
grafitti em cartão na Soalheira
percursos

atividades internas

workshop de partida

Victor Torpedo criou perfis sonoros para alguns dos intergrantes da equipe do projeto.

Chloé Faulon

Luis Guterres

Rafael Campos

Sofia Sousa

Victor Torpedo

João Lopes

Bia Petrus

ATIVIDADES ABERTAS AO PÚBLICO: O projeto amplificou as representações e as reivindicações dos jovens sobre o direito à cidade, proporcionou um espaço criativo para expressar a diversidade social, cultural e étnica de jovens diversos que habitam as margens urbanas. Eles amplificaram através de suas propostas e performances suas vivências na cidade do Porto, contribuindo para renovar a abordagem artístico-cultural de expressão juvenil que deu voz a experiências diversas, tanto dos radicados na cidade do Porto, quanto daqueles que são residentes-imigrantes.

A experiência exposta ao público, nos seis eventos abertos, trouxe à luz, a partir de seus corpos, olhares e vivências as lutas pela inclusão, visibilidades e direitos iguais, destacando a autoestima e dignidade dos jovens nos territórios urbanos. As ações e obras revelaram uma pulsação sensível e política convidando o público a vislumbrar novas possibilidades de compor retratos particulares e comuns da cidade do Porto e das diversas cidades que o Porto comporta hoje, que reflete a pluralidade daqueles que nela coexistem.

Durante quatro meses, os percursos de — Chloé Faulon, Daniela Ramos, João Lopes, Leonor Moreira, Luana Oliveira e Samuel Machado — cruzaram práticas, memórias, imagens, sons e desejos, construindo um mosaico de trajetos singulares.

Atividade 1| 16 de maio de 2025  | Conversas Transversas | Local: Casa Comum, Porto

O evento propôs uma reflexão sensível e coletiva sobre a cidade, a partir das vivências de jovens que a habitam desde as margens. Inspirado pelo projeto EU TRAGO UM PORTO EM MIM, CONVERSAS TRANSVERSAS dá continuidade a uma prática de escuta, expressão e [RE]EXISTÊNCIA urbana. O evento também contou com um cruzamento a partir da exposição “Uma viagem pelo asfalto” patente na Casa Comum.

PROGRAMA

14:00 - Receção e intervenção artística na área externa da Casa Comum.

14:20 - Apresentação do projeto - Paula Guerra.

14:30 - Documentário Portos Cartografados- Luís Guterres.

15:20 - Conversa com mentores, participantes e os convidados - Bruno de Almeida, Miguel Januário e Regina Petrus. Mediação de Bia Petrus

15:30 - Performance - Victor Torpedo

16:00 - Performance - Rafael Campos e Lua Oliveira

Conversas Tranversas

Atividade 2 | 25 de maio a 6 de junho | Exposição EU TRANSPORTO PORTO(S) EM MIM | Local: AL859, Porto

 

A exposição EU TRANSPORTO PORTO(S) EM MIM, com direção geral de Paula Guerra e curadoria Bia Petrus contou com a participação dos artistas Tuca Malungo AKA Rafael Campos e Victor Torpedo que desenvolveram processos artísticos junto a jovens artistas cidadãos que vivem na região da cidade do Porto. O Projeto reivindica o direito à cidade para os jovens, através das suas expressões, fazendo uma reflexão sensível e coletiva sobre (re)existência urbana, a partir das suas vivências e dos seus diversos Portos. Foi apresentado o documetário produzido por Luis Guterres, que documenta todo o processo artístico e expostas as caixas de cartão grafitadas pelo jovens arttistas cidadãos com participação ativa do público.

Ficha técnica: Conceção e Coordenação do Projeto: Paula Guerra

Curadoria: Bia Petrus

Artistas: Tuca Malugo AKA Rafael Campos e Vítor Torpedo Jovens Artistas Cidadãos: Chloé Faulon, Daniela Ramos, Leonor Moreira, Lua Oliveira, João Lopes e Samuel Machado.

Gestão de projeto: Marcel Alcantara

Criação de conteúdo: Sofia Sousa

Design: Esgar Acelerado

Apoio a comunicação: Diego Soares

Documentário: Luís Guterres

Exposição Eu Transporto Porto(s) Em MIm

EU TRANSPORTO PORTO(S) EM MIM
Exposição no Espaço AL859 | Porto, 2025

 

Em 2012, o projeto SOU DO PORTO E TRAGO UM PORTO EM MIM, criado por Paula Guerra e Coletivo Arte Socialmente Implicada, trouxe à luz as experiências cotidianas de jovens moradores da Sé do Porto, reivindicando o direito à cidade a partir dos seus próprios olhares, corpos e vivências. Mais de uma década depois, os ecos dessa intervenção ainda ressoam, porque as lutas pela visibilidade, pela permanência e pela dignidade desses jovens nos territórios urbanos seguem pulsando.

É a partir dessa pulsação que nasce esta nova dobra: EU TRANSPORTO PORTO(S) EM MIM. Uma dobra artística, sensível e política que nos convida a revisitar e reativar o direito à cidade pela mão das juventudes que hoje habitam e (re)criam o Porto. Esta exposição propõe-se a compor retratos particulares das diversas cidades que a cidade do Porto comporta, refletindo a pluralidade dos corpos que nela coexistem, resistem e criam visualidades próprias.

Durante quatro meses, jovens com percursos distintos, Chloé, João, Daniela, Samuel, Luana e Leonor — cruzaram entre si práticas, memórias, imagens, sons e desejos para construir um mosaico de percursos. Guiados por artistas-mentores Rafael Campos e Victor Torpedo num processo de co-criação e co-mentoria, esses seis cidadãos-artistas-jovens desenharam paisagens íntimas de seus próprios "portos", com base em suas raízes, margens, pertenças e trajetórias.

Ativamos aqui uma cartografia expandida da cidade — múltipla, complexa, inacabada. Uma cidade que não cabe nas lógicas hegemónicas, mas que emerge nas dobras da sensibilidade e da criatividade. Esta exposição é um espaço de paragem, mas também de travessia. Um frame provisório de um processo em constante deriva, em que a arte se faz ferramenta de escuta, de afirmação, de transformação. O Porto que aqui se mostra não é único nem fixo: ele é feito de muitos portos, de muitas vidas, de muitos modos de habitar e de (re)existir.  É o gesto de jovens que reclamam lugar — não apenas físico, mas simbólico, afetivo e político — na paisagem urbana. É a renovação de uma promessa feita em 2012: a de que os jovens têm o direito de imaginar e construir as suas cidades.

Que este encontro nos permita ver, ouvir e sentir o Porto com outros olhos — olhos que sonham, que criam e que resistem.

Bia Petrus

Atividade 3 | 4 de junho de 2025 | Visita guiada | Local: AL859, Porto

 

Visita guiada a exposição com o artista Tuca Malungo AKA Rafael Campos e com a curadora Bia Petrus. Oportunidade em que o artista e a curadora puderam compartilhar com o público um pouco do processo que culminou na exposição.

visita guiada

Atividade 4 | 5 de junho | Oficina Pa Nôs Di Téra | Local: AL859, Porto

 

Oficina de bonecas inspiradas nas batucadeiras de Cabo Verde. A oficina ministrada por Lua Oliveira, uniu corpo, memórias e ancestralidade conectando Portugal e Cabo Verde.

oficina de bonecas

Atividade 5 | 6 de junho | Encerramento da Exposição EU TRANSPORTO PORTO(S) EM MIM | Local: AL859, Porto.

 

Encontro de encerramento da mostra, onde o público teve a oportunidade de experienciar os processos e as obras que deram corpo a exposição.

ENCERRAMENTO 6 JUNHO - POST.png
WhatsApp Image 2025-07-31 at 23.38.57.jpeg

encerramento da exposição

Atividade 6 | 11 de julho | Oficina Corpo grafia Pa Nôs Di Terá | Local: FBAUP, Porto

 

Oficina de performance com Rafael Campos e Lua Oliveira, integrando a programação da Decolônia de Férias, organizada pelo NIBA – Núcleo de Imigrantes das Belas Artes da Universidade do Porto. Inspirado nas teorias de corpografia, aparições e nas práticas artísticas de Tuca Malungo (Rafael Campos) e Lua Oliveira, a oficina aborda como corpos negros inscrevem presenças e resistências nas paisagens urbanas, carregando mapas das cidades e memórias coletivas. A experiência nasce do projeto “Eu Transporto Porto(s) Em Mim” e se desdobra em performance seguida por criação coletiva para construir, escutar, costurar e celebrar as forças que nos ligam à terra, sejam urbanas, ancestrais, inventadas ou herdadas.

oficina de performance

Eu Transporto Portos Em Mim: documentário de Luís Guterres

bottom of page